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Uma postagem marcadas com "NestJS"

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· Leitura de 11 minutos
Anderson Marlon

Nestjs.com

Minha maior dificuldade com NestJS era realmente entender Módulos, Controladores e Serviços, mas talvez o motivo disso seja não ter tido contato anterior com linguagens "mais pesadas" como Java ou frameworks como Angular que constantemente lidam com esse tipo de cenário.

Então, vou fazer uma espécie de Zettelkasten ou até mesmo - de leigo para leigo - e anotar tudo que eu tenho de dificuldade, cenários, analogias e tudo que é necessário para aprendermos juntos como o que é o NestJS e como ele funciona, já aviso que isso pode ficar grande esse tipo de conteúdo, então recomendo você utilizar o menu da direita para se orientar em tópicos e assuntos que sejam pertinentes a você ou ao assunto que esteja procurando. Bom, vamos lá!

O que é o NestJS?

NestJS é um framework para construção de aplicativos web em Node.js, que utiliza conceitos e padrões familiares aos desenvolvedores que já trabalham com Angular. Ele foi projetado para ser escalável, modular e fácil de manter. O NestJS utiliza TypeScript como sua linguagem principal, o que permite aos desenvolvedores aproveitar recursos avançados de tipagem estática e compilação para JavaScript.

Dúvida: Injeção de Dependência tem a ver?

Resumidamente, quando você injeta uma dependência, você tá fornecendo tudo que é externo e que uma classe precisa pra funcionar. Se você simplesmente importa de uma classe pra outra você acaba criando um acoplamento, porque a classe que recebe o import está diretamente ligada a que fornece.

Então sim, tem a ver, já que o NestJS usa classes.

Entendendo o que é Modules, Providers, Controllers e Services no NestJS

Modules (Módulos)

Seguindo a documentação do NextJS:

Um módulo é uma classe anotada com um decorador @Module(). O decorador @Module() fornece metadados que o Nest usa para organizar a estrutura da aplicação.

Cada aplicação tem pelo menos um módulo, um módulo raiz. O módulo raiz é o ponto de partida que o Nest usa para construir o grafo da aplicação - a estrutura interna de dados que o Nest usa para resolver relacionamentos e dependências de módulos e provedores. Embora teoricamente pequenas aplicações possam ter apenas o módulo raiz, esse não é o caso típico. Queremos enfatizar que os módulos são altamente recomendados como uma maneira eficaz de organizar seus componentes. Assim, para a maioria das aplicações, a arquitetura resultante empregará múltiplos módulos, cada um encapsulando um conjunto de capacidades intimamente relacionadas.

Entendeu? Senão, nem eu.

Mas vamos dissecar isso. Um módulo é uma classe que usa um decorador chamado @Module(), ou seja, ela é identificada por essa nomenclatura. Um módulo é obrigado a ter um módulo raiz que é o principal, talvez aquele vinculado ao aplicativo em si, ou seja, a base da árvore tem de vir de um módulo e depois a gente vai separando eles ou até mesmo criando galhos separados para a mesma aplicação. Sendo assim, eles são responsáveis e altamente recomendados, como citado acima por ser uma maneira eficaz de organizar os componentes.

import { Module } from '@nestjs/common';
import { CatsController } from './cats.controller';
import { CatsService } from './cats.service';

@Module({
controllers: [CatsController],
providers: [CatsService],
})
export class CatsModule {}

Aqui, podemos ver que o modulo é responsável pela importação dos controladores (controllers) e do provedores (providers), mas vamos usar a nomenclatura em português para facilitar, estamos aprendendo, não é mesmo?

Sabe-se que no controllers por exemplo, ele é um array: controllers: [CatsController],, podendo colocar mais de um controlador dentro do módulo e assim, se repetindo para os demais.

Mas vamos a minha opinião e experiência. Sabemos que podemos importar mais de vinte, se necessário, então, temos que ter consciência e bom senso de limitar isso a cinco e utilizar outros módulos para fazer outras importações, caso ao contrário, será a mesma coisa que no React, veremos uns trinta useState para criar coisas simples que até mesmo o Javascript puro poderia fazer.

Então atente-se a criação e importação de controladores para dentro dos módulos, se for o caso, crie ramificações, crie outro módulo, importe ele e importe os controladores para dentro dele identificando o cenário mais correto daquela situação, como Users Module, Orders Module e Chat Module (como o caso da imagem acima).

Para criarmos um módulo usando CLI, nós podemos usar o seguinte comando:

nest g module cats

Providers (Provedores)

Segundo a documentação, novamente, já que é importante seguir ela e segundo a própria comunidade, a documentação do NestJS é uma das mais bem feitas da atualidade.

Os Provedores são um conceito fundamental no Nest. Muitas das classes básicas do Nest podem ser tratadas como provedores - serviços, repositórios, fábricas, ajudantes, e assim por diante. A ideia principal de um provedor é que ele pode ser injetado como uma dependência; isso significa que os objetos podem criar várias relações entre si, e a função de "conectar" esses objetos pode ser amplamente delegada ao sistema de tempo de execução do Nest.

Entendeu o cenário? Eu acredito que ficou mais complexo do que a explicação dos módulos, mas vamos lá. De volta a dissecar.

Provedores é um conceito inicialmente, então ele é apenas uma ideia, mas ideia de que? De que classes básicas, são chamadas de provedores, como serviços, repositórios e outros exemplos de cenário, como eu traduzi ao pé da letra, fábricas e ajudantes são na verdade factories e helpers, pode ser que você tenha noção do uso desse cenário melhor do que eu.

A ideia dele é que ele pode ser injetado como uma dependência, lembra que mencionei mais acima? O que quer dizer que objetos podem ter relações entre si - lá ele - e podem se conectar e comunicar-se entre si, é uma espécie de pássaro passando informações entre as árvores (módulos).

Então o CatsService (service) mencionado dentro do provedores no código dos módulos, está correto? Sim. Services é um provider.

Ficou confuso? Se sim, entenda que no código, na hora que estamos importando CatsService para dentro de providers, estamos dizendo para nosso provedor que esse serviço (CatsService) irá prover uma funcionalidade, entendeu? Então, ele não é um modulo, ele é provedor, o motivo? Ele é um serviço. Por isso, é fundamental a nomenclatura, separar os nomes como DogService, BirdService, ou CatHelpers para entender que todos eles fazem parte de um provedor, é uma prática útil para organizar o código e evitar confusões.

O que é Serviços (Services) e quando usar?

Já sabemos que Services é uma coletânea de provedores, se ele tem alguma funcionalidade, ele é importado dentro do provedor, mas BirdService é um provedor? Sim. Ele é um service? Sim. Ele é um Helper? Não, já que não usamos essa nomenclatura e isso pode atrapalhar seu entendimento do código.

No NestJS, os serviços são classes que são importadas dentro do provedor, como mencionado, e eles possuem a lógica de negócios da aplicação. Eles são responsáveis por executar tarefas específicas, como acessar bancos de dados, realizar operações de leitura e gravação, executar cálculos complexos e interagir com outros serviços ou componentes da aplicação, vamos interpretar eles sendo como funções no Javascript, responsáveis por fazer a questão funcionar.

Acredito que no caso das importações, lembra que eu falei que o ideal é chamarmos cinco módulos e depois separarmos, se for o caso? Acredito que não tenha problema ter vinte importações, desde que ele não seja no módulo raiz, e sim, no módulo que ele é responsável, vamos usar o caso da calculadora, certo? Quantos services ele pode ter?

Posso criar um para adição, outro para subtração, outro para multiplicação e assim por diante e não tem problema. O problema maior é você colocar todas essas importações dentro do módulo raiz, sendo que estamos criando um celular, imagina a bagunça que seria, então o ideal, é criarmos um módulo chamado calculatorModule() e importar lá dentro esses services.

Outro exemplo é, em uma aplicação de lista de tarefas, você pode ter um serviço de TaskService que contém métodos para criar, atualizar, recuperar e excluir tarefas do banco de dados. Esse serviço pode ser importado (injetado) em um controlador de tarefas para lidar com as solicitações HTTP relacionadas às tarefas.

Para criar um serviço, via CLI, você pode utilizar o seguinte comando:

nest g service cats

Controllers (Controladores)

E vamos ver na documentação.

O objetivo de um controlador é receber solicitações específicas para a aplicação. O mecanismo de roteamento controla qual controlador recebe quais solicitações. Frequentemente, cada controlador tem mais de uma rota, e diferentes rotas podem realizar diferentes ações. Para criar um controlador básico, usamos classes e decoradores. Os decoradores associam classes com metadados necessários e permitem que o Nest crie um mapa de roteamento (vinculando solicitações aos controladores correspondentes).

Vamos simplificar isso. Qual é a funcionalidade de um controlador? Receber solicitações especificas para a aplicação, então podemos definir que ele pode receber uma funcionalidade para deletar, adicionar ou editar uma funcionalidade dentro da aplicação. Como eles podem ter mais de uma rota, então fica claro que podemos definir um task/delete ou task/create como rotar para fazer determinadas operações, como no caso de deletar e criar.

Para criar um controlador básico, utilizamos classes, assim como nos serviços e decoradores (decorators), os decoradores nesse caso do controlador é o @Controller('cats'), ele é que é o responsável por criar a rota que a aplicação ou usuário irá acessar para conseguir determinada coisa, vamos ver no código abaixo por exemplo:

import { Controller, Get } from '@nestjs/common';

@Controller('cats')
export class CatsController {
@Get()
findAll(): string {
return 'This action returns all cats';
}
}

Explicando o código acima, nós pegamos o @Controller, definimos que a rota que iremos usar (método de roteamento) será cats, então quando acessar localhost:3000/cats, por exemplo, seremos jogados para esse lugar. Definimos que ele é uma classe, como a nomenclatura já diz e que ele tem um @Get().

Mas o que isso significa? É que pelo método HTTP, essa rota ela terá o método GET, então fica fácil definir o que ela irá fazer, no caso, iremos devolver uma informação e dentro ainda, temos uma função chamada findAll() que é do tipo string, que irá retornar 'This action returns all cats'.

Complicado? Acho que não.

Para criar um controller usando CLI, usamos o seguinte comando:

nest g controller name

Entendendo o cenário

Ficou claro como usamos cada funcionalidade para aprendermos a usar o Nest? Claro, ele é um framework back-end de Javascript, então ele é meio que um compilado de funcionalidades em cima do Express. Então temos várias funções semi-prontas, que irão facilitar nossa vida para criar uma aplicação.

Usamos um módulo para definir categorias, como o caso de tarefas ou uma calculadora, levando em conta que são aplicações simples, usamos um controlador para dizer o que acontece quando acessar aquela rota em especifica, seja para deletar um cálculo ou armazenar ele, e usamos o serviço para fazer a funcionalidade funcionar, como fazer um cálculo, por exemplo.

Entendemos que o cenário para a criação desse tipo de aplicação varia muito, acabo que recomendando em utilizar em médias-altas aplicações. O que significa? Não há necessidade de utilizar um NestJS para usar métodos HTTP para criar uma calculadora por exemplo ou fazer um uso de uma simples API, mas existem vários cenários adequados como criar um dashboard financeiro, criar um site de notícias e deixar bem mais completo e esse tipo de cenário.

Considerações Finais

A documentação dele é bem explicada, como podemos ver, eu consegui entender bem mais o que de fato é o NestJS do que seguindo cursos ou vídeos no Youtube, eu simplesmente parei para ler a documentação e usei desse artigo para explicar o que eu aprendi para outra pessoa sobre o que foi passado. Entender todo o cenário, ler com calma, ver a funcionalidade daquele código pouco a pouco e tentar se auto explicar, é uma das maneiras mais simples de se aprender e absorver conhecimento, então não se assuste.

Espero de fato ter conseguido explicar todo o cenário básico do NestJS, espero que você possa pegar projetos e ideias no Youtube para clonar ou utilizar a seu favor para fixar ainda mais essas ideias de como ele funciona, e claro, entender quando utilizá-lo, já que ele é basicamente um carro bem veloz na mão de quem usa e você não vai usar ele para ir na padaria e buscar pão.

Espero ter ajudado, pois a construção desse artigo em si, já foi de grande ajuda até mesmo para mim em entender esse cenário e aplicação e bom, qualquer dúvida ou sugestão, você pode me chamar lá no Twitter ou na Comunidade no WhatsApp.

Obrigado por ter lido até aqui e até a próxima!